Absolutismo é o regime político que predominou na Europa no período posterior ao feudalismo até a Revolução Francesa. Em um Estado de regime absolutista, o rei possuía poderes absolutos em suas mãos. Justamente deste fato advém o significado de absolutismo.
Fatores que culminaram no surgimento do absolutismo:
Com o fim do feudalismo, começa a se fortalecer a figura do rei, financiada pela crescente classe burguesa. Regiões em que as populações falavam o mesmo idioma e tinham culturas semelhantes foram aos poucos sendo dominadas e unificadas sob um governo único.
Essas regiões com características comuns ficaram conhecidas como Estados Nacionais. Um Estado Nacional se caracteriza não apenas pelo idioma em comum, mas também pela delimitação de fronteiras e a presença de um exército permanente; o exército garantiria a segurança do Estado e a permanência do rei no poder.
O absolutismo se caracteriza pela concentração de todos os poderes do Estado na mão de uma única pessoa: o rei. Ele poderia tomar quaisquer decisões sem a necessidade de consultar o povo ou nenhum grupo representativo. Não apenas as decisões econômicas e políticas pertenciam somente ao rei, em alguns Estados Nacionais sob o absolutismo, até mesmo as decisões religiosas estavam sob o jugo do rei.
Foi possível aos reis a centralização do poder, pois foram financiados pela classe burguesa, que estava acumulando riquezas rapidamente com a retomada das atividades comerciais na Europa (mercantilismo). A classe burguesa buscava benefícios econômicos, principalmente relacionados aos impostos cobrados indiscriminadamente em cada povoado. Com a unificação dos territórios, a circulação de mercadorias pelo Estado se daria de forma menos custosa.
Os reis se aliaram aos burgueses (financistas e comerciantes) almejando retomar o poder que havia sido fragmentado em feudos e com a influência muito forte da Igreja.
Absolutismo e despotismo são dois regimes políticos muito parecidos, em que o poder é centralizado nas mãos de uma única pessoa; nenhuma outra classe social participa das decisões, somente o chefe de estado e há um exército sempre a postos para sufocar qualquer tipo de manifestação contrária ao poder. Porém, existe uma sutil diferença entre os dois regimes: o absolutismo contou com uma base teórica, sob as ideias de filósofos renascentistas como Maquiavel, Hobbes, Rousseau entre outros. Já o despotismo seria uma deturpação do absolutismo, em que o rei agiria sem nenhuma preocupação teórica, econômica, política, social ou religiosa.
O mercantilismo é o sistema econômico característico do período absolutista. As características principais do mercantilismo são:
Sob o absolutismo, todas as decisões eram concentradas nas mãos dos reis e acabavam beneficiando a classe burguesa, financiadora da retomada do poder pelos reis.
A base econômica dos Estados Nacionais no regime conhecido como absolutismo estava calcada na acumulação de riquezas. Acreditava-se que o desenvolvimento do Estado estava diretamente ligado à quantidade de riquezas que ele possuísse.
O governo absolutista acumulava riquezas através de:
Financiadas pelos reis, muitas expedições foram ao mar para tomar posse de terras desconhecidas. Com a dominação e ocupação destes territórios, que foram chamados de colônias, o pacto colonial garantia à metrópole a exclusividade de exportação e importação com suas colônias. Desta forma, o rei conseguia sempre um saldo positivo em sua balança comercial, enriquecendo cada vez mais seu Estado.
O teólogo francês Jacques Bossuet criou a teoria em que se baseou o absolutismo, segundo a qual a legitimidade do poder do rei viria diretamente da vontade de Deus, não estando ligada à decisão de nenhuma pessoa sobre a Terra. Essa ideia se difundiu e ajudou a consolidar o poder irrestrito do rei absolutista.
Alguns chegaram mesmo a ser considerados deuses. O maior expoente deste pensamento foi o rei da França Luís XIV, chamado de Rei-sol. Luís XIV foi rei da França de 1643 até sua morte, em 1715. É atribuída a ele a frase L'État c'est moi (em português, “O Estado sou eu”), que resume de forma bastante concisa o poder do rei absolutista.
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