Hierarquia é o ordenamento dos poderes com um se reportando a outro de modo sucessivo. São estabelecidas as escalas ou gradações que definem, em ordem crescente ou decrescente, a distribuição dos elementos de acordo com os poderes ou conhecimentos obtidos e que permitem o indivíduo pertencer e/ou compartilhar com outros que estejam no mesmo patamar.
A Hierarquia é o modo de ordenação onde as autoridades são admiradas, respeitadas ou até temidas por aqueles que se encontram nos níveis mais abaixo. Curiosamente surgiu até o ditado popular em que se diz “quem pode manda e quem tem juízo obedece”.
Entretanto, a palavra hierarquia é facilmente confundida com a palavra autoridade, mas na verdade as duas caminham juntas uma vez que, é exatamente através da hierarquia que se estabelece as relações de autoridade. Inicialmente, a palavra Hierarquia possuía conotação religiosa conforme a sua etimologia (do grego, hieros que é o mesmo que sagrado e arkhei que significa ordem e governo).
Desta forma, o emprego inicial da palavra era restrito aos círculos religiosos, cuja organização social das igrejas era realizada de acordo com a graduação intangível dos sacerdotes que ficavam a mercê de uma autoridade transcendental existente em cada camada social. Com o tempo esse conceito foi se perdendo, embora tenha permanecido duas importantes características que são: a rigidez da graduação e a estrita observação sobre as atribuições que cada autoridade possui.
Hierarquia empresarial
É o modelo de hierarquia, cujo nivelamento ocorre nas empresas e corporações onde o poder é exercido de forma fluida e os níveis possuem certa autonomia para trabalhar, mas mesmo assim permanecem ligados uns aos outros em diversas atribuições.
Por outro lado, estar hierarquicamente abaixo possui a conotação de obediência e dependência maior de outras pessoas, principalmente de quem se encontra em posição de comando.
Por ora, existem, basicamente, três áreas diferentes na hierarquia empresarial que são: estratégica, tática e operacional. A primeira é ocupada pelos principais gestores como presidentes e diretores, os quais geralmente possuem laços familiares com o fundador da empresa, ou seja, dão continuidade ao negócio.
Já na segunda área conhecida como tática é onde se encontram os gerentes e chefes de setores que fazem a ponte entre os funcionários e clientes com a área operacional já que necessita estar presente e responsável pela rotina da empresa.
E, por fim, a área operacional onde se encontram os supervisores e chefes de equipe que são importantes e responsáveis pela execução de atividades e ações diárias de uma empresa e em seus diversos setores.
Hierarquia da Igreja Católica
A Hierarquia existente na Igreja se refere à atuação de sacerdotes em âmbitos educacionais, administrativos, locais, regionais, diretamente ou não com o Vaticano. São os seguintes membros e suas respectivas funções:
Papa (ou o Bispo do Vaticano) – é o nível mais alto de sacerdócio dentro da Igreja e como tal cabe a ele a responsabilidade de resolver os problemas e/ou conflitos que possam surgir na Igreja, além de estabelecer as dioceses, escolher os bispos, beatificar e canonizar os novos santos entre outros atributos;
Cardeal – É escolhido diretamente pelo Papa e compõe a “Escola de Cardeais” que, entre outras atribuições, se reúne com os demais membros para escolher o novo Papa (Conclave). São considerados os “Príncipes da Igreja”. Entre eles existem ainda três ordens de Cardeais:
Cardeais-Bispos (São os mais altos cardeais e que tem o direito exclusivo de eleger e ser eleito para o cargo de Decano do Colégio Cardinalício);
Cardeais-Presbíteros ou Cardeais-Padres (São os cardeais que ocupam o segundo nível. Ficam abaixo dos Cardeais-Bispos e acima dos Cardeais-diáconos. É a eles atribuída a titularidade de uma determinada igreja na Diocese de Roma onde regem em regime ordinário uma diocese em qualquer localidade do mundo.
Cardeais-diáconos (É constituída por cardeais da Cúria Romana, auxiliam o Papa e ocupam importantes cargos eclesiásticos. Após 10 anos podem optar em passar para a ordem dos Cardeais-Presbíteros, cuja nomeação é feita pelo Papa).
Arcebispo – é o bispo responsável por uma Arquidiocese, a qual é a sede das demais dioceses. É uma criação administrativa da Cúria Romana com o intuito de atender os anseios tanto das populações quanto das dioceses que se encontravam afastadas de Roma. Existem duas classificações de Arcebispos:
Arcebispo metropolitano – É aquele sacerdote que administra a arquidiocese principal ou sede e possui poderes de supervisão;
Arcebispo Maior – É um título especial concedido aos líderes de quatro igrejas orientais sui juris. É superior ao arcebispo primaz e inferior ao patriarca;
Arcebispo titular – São aqueles cujo título recebido é de uma arquidiocese que não existe mais e assim não possui jurisdição ordinária. Como exemplo de arcebispo titular são os delegados apostólicos (espécie de embaixador que representa a Santa Sé perante os Estados);
Arcebispo ad personam: é um título honorífico que possui a finalidade de distinguir alguns bispos, embora não haja jurisdição sobre uma arquidiocese;
Arcebispo Primaz: É o título honorífico concedido a arcebispos das regiões mais representativas dos países e sua História como, por exemplo, no Brasil é o arcebispo de Salvador;
Arcebispo coadjutor: É o nome dado ao bispo auxiliar do arcebispo principal e que goza o direito de sucessão;
Arcebispo Emérito: É aquele que, após completar 75 anos, renuncia o governo de uma arquidiocese.
Bispo: São considerados os sucessores dos apóstolos e responsáveis pelo ensinamento da palavra de Deus. Dentre suas várias funções precisa ir, pelo menos uma vez a cada 4 anos, ao Vaticano para visitar o Papa e apresentar um relatório a Santa Sé.
Padres – Responsáveis pelas igrejas (paróquias) onde realizam diversas tarefas, entre elas, as celebrações ritualísticas como missas e casamentos. Podem ainda seguir tarefa missionária onde percorrem diversos lugares com um determinado propósito;
Diácono – É o religioso que está no ultimo ano de preparação para a vida sacerdotal. Começa a realizar alguns rituais como o casamento.
Hierarquia dos anjos
Os anjos são seres celestiais, próximos a Deus e citados em diversos textos sagrados nas mais diversas religiões. A hierarquia angelical foi criada pelo teólogo Dionísio (século V ou VI) e é estudada na Cabala e Angelologia. São, ao todo, 9 hierarquias:
Serafins, Querubins e Tronos - Mais próximos de Deus e que recebem suas ordens diretas;
Dominações, Virtudes e Potestades - Abaixo e em posição intermediária, os anjos que são responsáveis pelo Universo e os reinos: mineral, vegetal e animal;
Principados, Arcanjos e Anjos – São os mais próximos dos homens com os quais sempre se comunicam.
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