Ego, por definição, é a imagem que cada um tem de si próprio. Popularmente, o termo se refere a uma admiração exagerada de si mesmo. Para o filósofo e estudioso da psicanálise Sigmund Freud, o ego é a consciência do indivíduo, é ele quem determina as suas ações e instintos perante os eventos que se manifestam no mundo real.
O ego é o eu, a essência de cada um. É ele que determina a personalidade do indivíduo e, por isso, é um conceito tão importante para a filosofia e a psicanálise. Por uma perspectiva generalista, é através do ego que somos capazes de balancear o que queremos (desejos) e o que temos (realidade); assim, somos capazes de determinar os valores sociais que marcam a nossa existência.
Em outras palavras, o ego é aquilo que dá ao indivíduo a capacidade de diferenciar a realidade dos seus processos interiores e daquilo o que ele gostaria que fosse a realidade. Ele permite que cada um possa se perceber como um ser excepcional. O ego determina a personalidade e isso dá a cada pessoa a chance de acionar os seus mecanismos de defesa, inconscientemente, em situações de ameaça e desconforto.
Etimologicamente, a palavra ego é derivada do latim “illud”, que se refere ao pronome pessoal de terceira pessoa – aquele que substitui o objeto a ser designado. Outra palavra para denominar ego é identificação. Ele é formado por instintos e tem ligações íntimas com a biologia de casa indivíduo, por isso, a palavra identificação é tão importante. Esta perspectiva leva à conclusão de que a personalidade de cada sujeito é regida pelo princípio do prazer.
Outra característica fundamental do ego é que todas as suas partes e níveis são inconscientes, sendo que muitas dessas partes são formadas nos estágios iniciais da vida. A partir disso, podemos pensar sobre o conceito de instinto – o impulso natural, aquela atitude inconsciente que dirige o sujeito diante de situações desafiadoras, uma espécie de intuição ou aptidão inata.
Cientificamente, existem dois tipos de instintos primários: Eros – que se manifesta no sentido de integrar, reunir, conservar e criar novas vidas – e Thanatos – motivado à destruição, manifesto em forma de sadismo. Para Freud, é completamente possível que os instintos ajam como uma reação inconsciente, voltada a evitar a morte acidental.
A partir do pensamento de Freud, o ego é um conceito psicanalítico que descreve a psique – palavra vinda do hebraico alma, é o elemento que existe em cada ser vivo, responsável pela capacidade de expressar emoções. Para o estudioso, o ego é um elemento biológico e primitivo do aparelho psíquico – é o único elemento da psique dos bebês, por exemplo. Ele atua no inconsciente, onde estão estocados e reprimidos os traumas e desejos; que “saem” para o mundo, engatilhados pelos eventos que marcam a vida de cada um.
O ego determina, então, o eu e suas funções. É através do ego que podemos sentir emoções como o recalque, colocar uma “máscara” diante das situações que nos deixam vulneráveis, balancear a relação entre o “princípio do prazer” X o “princípio da realidade”, construir “paredes” de proteção contra aquilo que nos ameaça – figurativamente – e perceber a manifestação da libido.
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