A raiz grega “ismós” deu origem ao sufixo nominal “ismo” em português, sufixo este que denomina qualquer doutrina, escola filosófica, princípio artístico, político ou religioso. Assim, juntando-se capital com ismo e social com ismo temos os dois principais sistemas político-econômicos, opostos entre si.
A palavra capital vem do latim “caput” (cabeça), que gerou o adjetivo “capitalis”, significando o dominante, principal, acima dos outros. Na época do Renascimento o termo começou a ser usado para determinar a parte principal do investimento, sem juros e rendimentos. Ainda hoje é usado na contabilidade para determinar a parte de cada sócio, mas, desde o século XIX, também passou a ser o resultado da riqueza como meio de produção, em oposição ao trabalho, através do pensamento do alemão Carl Marx.
O termo social, que significa associação, vem do grego “Logus” (estudo), passando ao latim “socius”, já com o significado de associação, passando a trazer a ideia de grupo, de comunidade.
O Socialismo é uma teoria política segundo a qual os meios de produção devem ser da administração pública e propõe a extinção das classes sociais, tornando os integrantes de uma sociedade iguais. É diferente do comunismo, muito mais radical e defensor do fim do sistema capitalista, com a queda da classe burguesa.
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Também conhecido como marxismo, devido ao seu criador, o socialismo anunciava o fim do capitalismo através da luta proletária, do povo comum. Como precisava de uma organização partidária, acabou por ser uma corrente de pensamento abrigando partidos políticos que defendiam essa posição.
A partir dessa luta por uma sociedade sem classes, substituindo o capitalismo pelo socialismo, surgiram duas tendências: a revolucionária, que queria a luta de classes, e a reformista, que queria se integrar com os governos já existentes, propondo uma nova tendência: a socialdemocracia, que pudesse pelo menos minimizar os efeitos do capitalismo centralizador.
Lênin, ou Lenine, o principal articular da Revolução Russa, que criou a União Soviética em 1919, já propunha que o socialismo fosse o meio caminho para a implantação do comunismo, com a destruição das ideias capitalistas.
O Capitalismo, por sua vez, tem como principal objetivo o acúmulo de riquezas e obtenção de lucros, com sua concentração nas mãos dos mais capazes. Sendo muito criticado, principalmente nos dias atuais, o capitalismo teve grandes deformações, criando vários conflitos sociais, pois elevava o nível de vida dos patrões em detrimento dos trabalhadores.
A luta constante dos trabalhadores, no entanto, no século XX, teve consequências para melhorar a vida destes que não detinham o capital, criando pequenas melhorias que possibilitassem também elevação do nível social dos mais pobres.
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Os dois sistemas político-econômicos são opostos. Enquanto o socialismo tem como ideologia o bem comum de todos os indivíduos de uma mesma sociedade, deixando ao governo a tarefa de providenciar o que seja necessário para os cidadãos, o capitalismo propõe a não intervenção governamental, dando mais liberdade para quem tem capital, e acaba criando classes sociais muito distantes entre si.
O episódio conhecido na história como Guerra Fria teve início no final da Segunda Guerra Mundial, quando havia dois polos no mundo: de um lado, os Estados Unidos da América, defendendo o capitalismo e, de outro, a URSS (atual Rússia), que defendia o socialismo. Esse conflito, que não trouxe ataques diretos, mas sempre ameaças de ambos os lados, só terminou na década de 1990, quando houve a queda da URSS e seu desmantelamento, trazendo a vitória ao capitalismo apregoado pelos EUA.
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O significado dos termos para a população mundial é suficientemente forte para elevar o conhecimento político dos cidadãos. A tendência atual é uma equiparação de classes, buscando estabelecer uma geografia mundial diferente daquela conhecida no século XX, quando as características dos dois sistemas polarizava o mundo em apenas duas vertentes.
Verificou-se através da história que as vantagens e desvantagens entre os sistemas são por demais contraditórias, já que o capitalismo propicia acúmulo de riqueza nas mãos de uma elite, enquanto o socialismo propõe uma divisão mais equitativa entre as classes. Os debates entre as tendências sempre trouxe as divergências naturais entre os pensamentos diversos, trazendo sempre à questão os prós e contras das duas correntes sociais.
A busca atual de uma equiparação maior entre as classes ainda polariza pensamentos e cria diversas outras correntes, estando entre esses partidos políticos que defendem ideias que possibilitem a melhoria das classes menos favorecidas ao mesmo tempo em que não interfiram no capitalismo propriamente dito, criando o que se percebe como uma distribuição de riquezas que pelo menos possa mitigar as necessidades prementes da grande maioria, uma vez que o consumismo, criação do sistema capitalista, exige que todos possam ter acesso a bens que tragam maior conforto à vida civilizada de hoje.
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